Cânceres de adrenal são neoplasias raras, podendo ter origem tanto na cortical quanto na medular do órgão. Podendo ser assintomáticos ou manifestar quadro clínico compatível com a produção aumentada de hormônios da glândula. Muitas vezes estão relacionados a síndrome genéticas.
O carcinoma adrenal tem incidência de 0,7 a 2 casos por milhão. Apresenta distúrbio bimodal, mais frequente na infância e na quinta década de vida, e é mais comum no sexo feminino.
O feocromocitoma tem incidência de 0,8 casos por 100mil, sendo mais frequente na quarta e na quinta décadas. Tem distribuição igual entre os sexos.
O diagnóstico é baseado em exames de imagens – tomografia computadorizada e ressonância magnética – e avaliação hormonal, quando necessária.
A biópsia percutânea é importante para diagnóstico histológico, quando a retirada da glândula não é possível ou na suspeita de tumor metastático.
Já a punção com agulha fina com análise citológica não é capaz de fazer o diagnóstico, mas pode diferenciar um tumor de adrenal de uma metástase em um paciente com neoplasia primária conhecida.
Indicações cirúrgicas em incidentalomas adrenal (massa maior que 1cm evidenciada em exame de imagem solicitado por razões não relacionados a doenças adrenais):
Tamanho: apenas 2% dos incidentalomas adrenais (IA) menores 4cm são malignos, quando não funcionantes, podem ser seguidos com exames de imagens e testes metabólicos. 6% dos IA entre 4 a 6cm são malignos e devem ser operados quando o paciente for apto ao procedimento cirúrgico. Os tumores maiores que 6cm devem ser considerados malignos e operados, exceto se apresentarem características de mielolipoma.
Perfil metabólico: IA metabolicamente funcionante devem ser ressecados. Características radiológicas: IA com características suspeitas de malignidade, independente de seu tamanho, devem ser submetidos à ressecção cirúrgica.
Evolução: massas com crescimento maior que 1cm por ano têm indicação cirúrgica.
Segue abaixo um artigo da OMS sobre a classificação de tumores corticais da adrenal.